A doença é mais comum em mulheres e pode afetar pessoas de qualquer idade
O tumor de tireoide representa cerca de 1% de todos os tumores malignos do organismo. Contudo, acredita-se que sua frequência seja maior devido à sua natureza geralmente pouco agressiva, podendo passar despercebido ao longo da vida. O câncer de tireoide afeta três vezes mais mulheres do que homens. A maioria dos casos ocorre em pessoas com idades entre 20 e 55 anos, sendo dois em cada três pacientes dessa faixa etária.
Quero saber sobre tratamento do câncer de tireoide!
O que o câncer de tireoide?
O câncer de tireoide é um tipo de câncer que começa na glândula tireoide, localizada no pescoço. Em estágio inicial, se manifesta como um pequeno caroço na tireoide, podendo causar inchaço no pescoço, dificuldade para engolir e rouquidão. Felizmente, muitas vezes pode ser tratado e curado, especialmente se descoberto cedo. O tratamento pode envolver cirurgia, medicamentos e, às vezes, radiação.
Tipos de tumor de tireoide
Há quatro tipos principais de câncer de tireoide:
- Papilar: é o tipo mais comum, representando entre 80% e 90% dos casos. Afeta mais mulheres do que homens e é mais frequente entre os 30 e 60 anos. Geralmente é tratável, especialmente se detectado cedo;
- Folicular: responsável por cerca de 10% dos casos, é mais comum em idosos e mais prevalente em mulheres. É mais agressivo que o papilar e pode se espalhar pela corrente sanguínea;
- Medular: representa aproximadamente 4% dos casos e se origina em um tipo diferente de célula da tireoide. Pode produzir sintomas incomuns devido à sua capacidade de produzir outros hormônios. Esse tipo pode se espalhar para os gânglios linfáticos e outros órgãos;
- Anaplásico: é um tipo de câncer raro, com cerca de 2% de casos. Esse tipo de tumor cresce rapidamente, formando uma massa dolorosa no pescoço. Ele é mais comum em mulheres idosas e tem uma taxa de mortalidade alta, mesmo com tratamento.
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Fatores de risco
O câncer de tireoide possui diversos fatores de risco, incluindo:
- Gênero feminino;
- Idade avançada;
- Histórico familiar da doença;
- Exposição prévia à radiação na região da cabeça e pescoço;
- Doenças prévias na tireoide;
- Histórico de tratamento com radiação na infância;
- Dieta pobre em iodo;
- Obesidade.
É importante ressaltar que a presença desses fatores não garante o desenvolvimento do câncer de tireoide, mas pode aumentar a probabilidade de ocorrência da doença.
Sinais e sintomas do câncer de tireoide
O câncer de tireoide pode apresentar sinais variados, e em alguns casos, a doença pode ser assintomática. No entanto, é importante ficar atento aos seguintes sinais:
- Nódulo ou inchaço no pescoço que pode ser palpável ou visível e pode aumentar de tamanho ao longo do tempo;
- Dificuldade ou dor para engolir, especialmente se o tumor estiver pressionando a traqueia ou o esôfago;
- Rouquidão ou mudanças na voz caso o tumor esteja pressionando as cordas vocais ou os nervos laríngeos;
- Dor no pescoço, garganta ou na área da tireoide;
- Inchaço ou sensibilidade dos gânglios linfáticos;
- Alterações hormonais, como mudanças no peso, intolerância ao calor ou ao frio, e alterações nos padrões menstruais.
É importante ressaltar que esses sintomas também podem ser causados por outras condições, e nem sempre indicam câncer de tireoide. Se você apresentar qualquer um desses sintomas, consulte um médico para avaliação e diagnóstico adequados.
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Diagnóstico do câncer de tireoide
O diagnóstico do câncer de tireoide envolve uma série de procedimentos, começando com um exame físico do pescoço para detectar nódulos ou inchaços na tireoide. Em seguida, é comum realizar uma ultrassonografia para avaliar detalhadamente a glândula tireoide e identificar possíveis nódulos suspeitos.
Caso seja encontrado um nódulo suspeito, uma biópsia da tireoide é realizada para coletar uma amostra de tecido, geralmente por meio de punção aspirativa por agulha fina, que é examinada em laboratório para determinar a presença de células cancerosas.
Além disso, exames de sangue podem ser solicitados para medir os níveis hormonais tireoidianos e verificar a presença de marcadores tumorais.
Dependendo dos resultados desses testes, outros exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, podem ser realizados para avaliar a extensão do câncer e planejar o tratamento adequado.
Tratamento do câncer de tireoide
O tratamento do câncer de tireoide depende do tipo e estágio da doença, bem como das características individuais do paciente. Os principais tratamentos incluem:
- Cirurgia: geralmente este é o primeiro passo no tratamento do câncer de tireoide, podendo envolver a remoção parcial ou completa da glândula. Em algumas situações, os gânglios linfáticos próximos também podem ser retirados durante o procedimento cirúrgico;
- Terapia com iodo radioativo: este método é frequentemente usado para eliminar tecido tireoidiano remanescente e células cancerosas que podem ter se disseminado. É especialmente eficaz em cânceres de tireoide que têm capacidade de absorver iodo, como os tipos papilar e folicular;
- Terapia hormonal: a reposição hormonal com hormônio tireoidiano sintético é frequentemente necessária após a remoção da tireoide para compensar a falta de produção hormonal. Além de substituir os hormônios deficientes, essa terapia também pode suprimir o crescimento das células tireoidianas remanescentes, reduzindo o risco de recorrência do câncer;
- Radioterapia e quimioterapia: em casos avançados ou agressivos de câncer de tireoide, a radioterapia e a quimioterapia podem ser usadas para destruir células cancerosas e diminuir o tamanho do tumor. Geralmente, esses tratamentos são reservados para situações específicas devido a sua menor frequência de uso.
Recomendações
O prognóstico do câncer de tireoide varia conforme o tipo, estágio da doença, idade e resposta ao tratamento. Os tipos papilar e folicular geralmente têm um prognóstico favorável, com alta taxa de sobrevivência, especialmente quando diagnosticados precocemente. No entanto, os tipos medular e anaplásico têm prognóstico menos favorável, com taxas de sobrevivência mais baixas, especialmente em estágios avançados.
O acompanhamento médico regular é crucial para monitorar recorrências ou progressão da doença, enquanto o apoio emocional e cuidados integrados também são importantes para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Quer tirar suas dúvidas sobre o assunto? Agende uma consulta com o Dr. Manoel Leonardi!
Fontes: