Doença afeta cerca de 66 mil mulheres por ano no Brasil. Saiba quais seus principais sintomas, tratamentos e como se prevenir
O câncer de mama é um dos tipos de câncer que mais afetam as mulheres, sendo mais comum naquelas acima dos 50 anos – porém, a doença pode ocorrer em mulheres mais jovens, por isso a importância de manter os exames sempre em dia.
O prognóstico depende de vários fatores, como as características do tumor, estágio e idade da paciente. Porém, quanto antes for diagnosticado, maiores as chances de cura.
Saiba mais sobre a doença, lendo o texto a seguir.
Quero saber sobre o tratamento do câncer de mama!
O que é câncer de mama?
O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células anormais que levam à formação de um tumor. É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma.
Em 2021, foram registrados aproximadamente 66 mil novos casos da doença no Brasil. Vale lembrar que o câncer de mama também acomete homens, embora seja raro, representando apenas 1% do total de casos.
Tipos de câncer de mama
Os tipos de câncer de mama são:
- Carcinoma ductal in situ: quando o tumor fica restrito às células do ducto mamário (canal por onde passa o leite). A chance de metástase nesse tipo de câncer é praticamente nula e a taxa de cura é alta;
- Carcinoma ductal invasivo: quando o tumor atinge o tecido adiposo da mama. Neste tipo de câncer de mama, as chances de metástase aumentam, com o tumor podendo afetar outras áreas do corpo;
- Carcinoma lobular in situ: não invasivo, o tumor se forma nas glândulas mamárias produtoras de leite, chamadas lóbulos;
- Carcinoma lobular invasivo: quando o tumor atinge outros tecidos além dos lóbulosA;
- A classificação mostrada nos carcinomas ductal e lobular é histológica, ou seja, do ponto de vista da célula ao microscópio.
- Doença de Paget: neste tipo de câncer de mama, o tumor se origina no tecido conjuntivo das mamas, região onde estão localizados as aréolas e os mamilos;
- Câncer de mama inflamatório: é um tipo mais raro, que não apresenta nódulos (caroços). O tumor não consegue ser detectado pelo exame de mamografia e se caracteriza por bloquear os nódulos linfáticos. Assim, ele impede a drenagem apropriada das mamas, levando a uma inflamação do tecido mamário.
Prevenção e esperança: enfrentando o câncer de mama!
Estágios do câncer de mama
O câncer de mama pode ser dividido em quatro estágios:
- I e II: quando o tumor se encontra em sua fase inicial e geralmente pode ser tratado com cirurgia. Após o procedimento, pode haver indicação de tratamento complementar com radioterapia;
- III: encontram-se nesse estágio as pacientes com tumores maiores do que 5 cm localizados. Na maioria das vezes, esses tumores são tratados com quimioterapia. Após esse tratamento, se necessário, pode-se fazer radioterapia ou cirurgia;
- IV: é o estágio mais grave do câncer de mama, quando há a presença de metástase, ou seja, o câncer se expandiu para outras partes do corpo. Muitas vezes, nesses casos, são indicados apenas tratamentos paliativos para controle dos sintomas e melhor qualidade de vida da paciente.
Fatores de risco do câncer de mama
Os fatores de risco relacionados ao câncer de mama incluem:
- Idade (mulheres acima de 50 anos têm mais risco de desenvolver a doença);
- Ter histórico de câncer de mama ou de ovário na família;
- Obesidade e sobrepeso;
- Sedentarismo;
- Uso de contraceptivos hormonais;
- Consumo excessivo de bebida alcoólica;
- Exposição excessiva à radiação ionizante;
- Tabagismo;
- Menarca (primeira menstruação) antes dos 12 anos de idade;
- Primeira gestação após os 30 anos;
- Menopausa após os 55 anos;
- Não ter tido filho;
- Uso de reposição hormonal por mais de cinco anos;
- Possuir alterações genéticas nos genes BRCA1 e BRCA2.
Tratamento para o câncer de mama com o Dr. Manoel Leonardi!
Sinais e sintomas do câncer de mama
Os principais sinais e sintomas que podem indicar a presença de um tumor maligno nas mamas são:
- Nódulo fixo e geralmente indolor;
- Dor na mama;
- Alterações no tamanho ou no formato da mama;
- Pele avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Alterações nos mamilos ou aréolas;
- Sensação de calor ou inchaço;
- Nódulos nas axilas ou no pescoço;
- Saída de secreção pelos mamilos.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de mama é feito pelo exame clínico (palpação) em consultório e por exames de imagem. O principal exame para rastreamento da doença é a mamografia, porém, o médico pode solicitar, ainda, a realização de ressonância magnética ou ultrassonografia das mamas.
Caso a suspeita da presença de um tumor maligno permaneça após a realização desses exames, o médico pode solicitar a realização de uma biópsia. Nesse caso, parte do tecido do tumor é retirada para análise.
A biópsia pode ser feita por punção ou por uma pequena cirurgia. Por punção, ela pode ser feita de três maneiras:
- PAFF: por aspiração com agulha fina, retiram-se algumas células do nódulo suspeito;
- Core biópsia: usa-se uma agulha grossa para remover uma amostra de tecido;
- Mamotomia: é indicada quando o nódulo não pode ser sentido, mas está presente nos exames de imagem. O exame também é realizado com agulhas de grosso calibre e pode necessitar de anestesia local. Após o procedimento, coloca-se um clipe de metal pequeno para marcar o local onde a amostra do nódulo foi retirada, caso sejam necessários outros exames ou tratamento posterior.
A biópsia cirúrgica é indicada quando não é possível realizar o procedimento por punção. É a biópsia que confirma ou não a presença do câncer de mama.
O autoexame das mamas não deve ser descartado e é muito importante para o diagnóstico precoce da doença. Ele não exclui os exames citados, mas ajuda a identificar um nódulo assim que ele se forma.
Tratamentos do câncer de mama
O câncer de mama pode ser tratado de diversas maneiras, dependendo do tipo de tumor, estágio da doença, idade da mulher e suas condições clínicas de saúde. Os principais tratamentos incluem:
- Cirurgia: que pode retirar apenas a área afetada pelo tumor (quadrantectomia conservadora) ou toda a mama (mastectomia radical);
- Quimioterapia: vários medicamentos são utilizados para destruir ou impedir o crescimento das células cancerígenas. Essas medicações podem ser injetáveis ou de uso oral. O tratamento quimioterápico pode ser feito antes ou depois da cirurgia de retirada do tumor;
- Radioterapia: tratamento indicado quando o tumor não pode ser ressecado totalmente ou quando há chance de ele retornar após a cirurgia. O objetivo também é destruir ou impedir o crescimento das células doentes. A radioterapia também pode ser aplicada antes ou depois da cirurgia;
- Hormonioterapia: é um tratamento indicado para tumores chamados hormônio-dependentes, como os de mama ou de próstata, que precisam dos hormônios estrogênio (no caso das mulheres) e testosterona (no caso dos homens) para se desenvolverem. O objetivo da hormonioterapia é suprimir o fornecimento desses hormônios, impedindo ou inibindo o crescimento e proliferação das células cancerígenas;
- Terapia-alvo: as medicações utilizadas atacam partes das células cancerígenas (como proteínas específicas) que permitem o crescimento anormal dessas células.
Esses tratamentos podem ser realizados isoladamente ou em associação, para melhores resultados no combate à doença.
Como se prevenir?
Como prevenir o câncer de mama? Estimativas apontam que cerca de 30% dos casos podem ser evitados quando se adota um estilo de vida mais saudável, o que inclui:
- Prática regular de atividades físicas;
- Manter o peso controlado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Amamentar, pelo menos, até seis meses de vida do bebê;
- Não fumar;
- Realizar os exames de rotina.
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Fontes: