Fale conosco pelo WhatsApp

O que é o tumor de Frantz?

O que é o tumor de Frantz?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Tumor raro no pâncreas acomete principalmente mulheres jovens com menos de 35 anos

O tumor de Frantz é um tipo raro de câncer no pâncreas, cuja incidência corresponde a 1% a 2% dos casos de tumores pancreáticos. Normalmente, o câncer no pâncreas é diagnosticado tardiamente por manifestar sintomas inespecíficos, o que acontece também com este tipo raro de tumor.

Quero saber mais sobre esse tumor!

O que é o tumor de Frantz?

Também chamado de neoplasia pseudopapilar sólida, de neoplasia epitelial papilar ou de tumor sólido-cístico do pâncreas, o tumor de Frantz pode aparecer em qualquer parte do pâncreas, embora seja mais comum na região corpo-caudal.

O tumor de Frantz foi descrito pela primeira vez em 1959 pela patologista Virginia Kneeland Frantz como um tumor papilar de incidência rara. Essa neoplasia tem características distintas dos demais tipos de câncer no pâncreas por ter um baixo potencial maligno e baixa possibilidade de metástase, além de grandes chances de cura, na maioria dos casos.

Fatores de risco do tumor de Frantz

As causas exatas para o desenvolvimento desse tumor não são conhecidas, apesar de alguns especialistas relacionarem a doença a fatores hormonais. Por esse motivo, é muito difícil estabelecer fatores de risco para esse tipo de câncer no pâncreas.

Epidemiologia e incidência

O tumor de Frantz acomete principalmente pacientes do sexo feminino jovens abaixo dos 35 anos, com uma incidência de 10 mulheres para cada homem. Dessa forma, a doença representa 30% dos casos de tumores pancreáticos em pacientes com menos de 40 anos.

Na maioria dos casos, a neoplasia apresenta crescimento lento e comportamento benigno, com pouca incidência de metástase. Contudo, ainda que pequena, existe a chance de a doença se espalhar para outros órgãos — o que pode acontecer em 15% dos casos —, sendo o fígado o órgão mais comumente atingido.

Atente-se aos fatores de risco do tumor de Frantz. Agende sua consulta!

Há sintomas?

Geralmente, os pacientes com tumor de Frantz são assintomáticos, mas, quando apresentam sintomas, o principal é a dor abdominal. Isso acontece porque esse tumor tem crescimento lento e pode atingir um tamanho considerável — 8 cm de diâmetro, em média —, causando compressão nos órgãos e uma massa palpável no abdômen.

Dessa forma, os sintomas são bem inespecíficos e envolvem:

  • Dor e desconforto abdominal;
  • Formação de massa palpável;
  • Sensação de peso na região do abdômen;
  • Náuseas e vômitos;
  • Sensação precoce de saciedade;
  • Fadiga;
  • Perda de peso.

Diferentemente de outros tipos de câncer no pâncreas, o tumor de Frantz não causa icterícia ou outros sintomas relacionados à obstrução gástrica.

Como o diagnóstico é realizado?

Por ser, na maioria dos casos, assintomático e ter peculiaridades, como crescimento lento, sintomas inespecíficos e não mostrar alteração em conhecidos marcadores tumorais, é difícil obter um diagnóstico precoce desse tumor. Por essas razões, o tumor costuma ser descoberto de maneira acidental durante exames de rotina para investigar outras condições.

Os exames que podem diagnosticar o tumor são:

  • Raio-x;
  • Exames de sangue;
  • Ultrassonografia endoscópica;
  • Ecografia;
  • Tomografia e/ou ressonância magnética;
  • Biópsia do tumor.

Como é o tratamento?

O tratamento mais indicado para o tumor de Frantz é cirúrgico, com a ressecção completa da lesão. Dependendo da dimensão do tumor, pode ser realizada em conjunto uma esplenectomia (remoção do baço), a depender da avaliação médica.

O procedimento cirúrgico pode ser feito por via aberta ou laparoscópica, técnica minimamente invasiva que introduz uma microcâmera e os instrumentos cirúrgicos por meio de pequenas incisões.

Prognóstico do tumor de Frantz

O prognóstico para os pacientes com tumor de Frantz é bastante animador, pois a cirurgia é muito bem-sucedida para a cura da doença. A sobrevida é de 97% dos casos em um período de 5 anos.

Para obter mais informações sobre o assunto, agende uma consulta com o Dr. Manoel Leonardi.

 

Fontes:

Colégio Brasileiro de Cirurgiões

Dr. Manoel Leonardi