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Quimioterapia

Quimioterapia
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Tratamento é um dos mais importantes para controle ou cura do câncer. Saiba quando é indicado e como é realizado

Tem sido cada vez mais frequente o surgimento de novos medicamentos para combater o câncer, uma doença que todos os anos, no Brasil, é diagnosticada em mais de 650 mil brasileiros. De modo geral, o tratamento mais conhecido pelas pessoas é a quimioterapia.

Embora o tratamento seja individualizado e conte com um arsenal terapêutico inovador, como os medicamentos imunobiológicos e a chamada terapia com células CAR-T, a quimioterapia ainda tem papel importante no combate à doença.

Saiba mais sobre ela lendo o texto a seguir.

Quero realizar o tratamento com quimioterapia!

O que é quimioterapia?

A quimioterapia consiste em um tratamento que faz uso de vários medicamentos que atuam nas células cancerígenas. Ela pode ser de uso oral, tópico (em forma de pomadas) ou injetável (via intravenosa ou endovenosa, intramuscular, subcutânea e intratecal. Neste último caso, a aplicação é feita no canal da espinha para acessar o líquido cefalorraquidiano).

A medicação percorre todo o corpo, com o objetivo de destruir as células doentes que estão formando o tumor e evitando que elas se espalhem. Porém, com esse mecanismo de ação, a quimioterapia pode também atingir as células saudáveis do organismo.

A quimioterapia pode ser indicada como tratamento isolado ou associado a outros procedimentos, como radioterapia e/ou cirurgia. A escolha depende do tipo de tumor, estágio, idade do paciente, condições de saúde, entre outros fatores.

A quimioterapia pode ser de diversos tipos:

  • Exclusiva: quando é indicada como tratamento isolado, único. A quimioterapia exclusiva é comumente usada para pacientes com doença metastática, ou seja, quando o câncer se espalhou para outros órgãos, ou quando é a melhor opção para tratamento de um determinado tipo de câncer;
  • Neoadjuvante: quando a quimioterapia é administrada antes da cirurgia ou radioterapia. O objetivo deste tipo de quimioterapia é reduzir o tamanho do tumor antes de realizar um desses dois procedimentos. Assim, consegue-se minimizar a agressividade dos tratamentos e pode-se obter melhor resultado no controle da doença;
  • Adjuvante: neste caso, a quimioterapia é administrada depois do tratamento, seja cirurgia ou radioterapia. O objetivo é tentar reduzir os riscos de o câncer recidivar (voltar) no mesmo local que foi inicialmente atingido pela doença ou em outra área do corpo;
  • Combinada: quando a quimioterapia é associada, ao mesmo tempo, à radioterapia, para aumentar a eficácia do tratamento local;
  • Paliativa: usada quando não há chances de cura, mas a quimioterapia ajuda a manter a doença controlada. Seu objetivo é reduzir os sintomas causados pelo câncer e, assim, proporcionar mais qualidade e mais tempo de vida ao paciente.

Como é realizada a quimioterapia?

Como dito, a quimioterapia pode ser de uso oral, tópico ou injetável. Quando em comprimidos ou pomada, o tratamento pode ser feito em casa. Quando estes não estão disponíveis, pois nem todo tipo de câncer tem a quimioterapia oral ou tópica à disposição, as medicações precisam ser injetadas, o que pode demorar de alguns minutos a horas.

De maneira geral, podem ser tratados com quimioterapia oral os cânceres de rim, mama, fígado, cérebro, leucemia mieloide crônica, de cólon e de pulmão. Já a quimioterapia tópica é indicada para casos de câncer de pele não melanoma.

Voltando ao tratamento injetável: antes de iniciá-lo, o paciente precisa realizar um exame de sangue que indicará se ele está apto a receber os medicamentos.

Na grande maioria das vezes, a infusão é feita em ambulatório. Hospitais e clínicas de infusão são os locais em que o procedimento é realizado. Quando o protocolo de infusão é mais longo, é recomendável que o paciente permaneça internado na unidade hospitalar.

O processo de infusão não causa dor, só a da picada na hora de puncionar a veia. Porém, alguns medicamentos podem causar sensação de desconforto, ardência, queimação, placas avermelhadas na pele e coceira.

Finalizada a infusão da medicação, o paciente pode retornar à sua casa. Durante o tratamento, o paciente deverá passar periodicamente em consulta, para que possa ser avaliada tanto a tolerância quanto a resposta ao tratamento. Se for necessário, o médico oncologista pode solicitar a realização de alguns exames laboratoriais para melhor controle.

Quimioterapia: Combate com apoio e cuidado!

Efeitos colaterais da quimioterapia

Por atingir também as células saudáveis do organismo, e não só as cancerígenas, a quimioterapia pode causar alguns efeitos colaterais – tanto com a medicação oral quanto injetável. Os mais relatados são:

  • Queda de cabelo;
  • Dores no corpo;
  • Vômitos e náuseas;
  • Feridas na boca (mucosite);
  • Diarreia;
  • Anemia;
  • Queda de imunidade;
  • Inflamação nas veias;
  • Alterações no paladar;
  • Cansaço e fadiga extrema;
  • Infecções;

Esses sintomas costumam ocorrer logo após a sessão de tratamento ou ingestão da medicação, e sua duração e intensidade dependem da quantidade e do tipo de quimioterápico recebido e do perfil de cada paciente. Em geral, é indicado o uso de antieméticos, durante e alguns dias após o tratamento, para alívio de náuseas e vômitos.

Na quimioterapia de uso tópico, os efeitos colaterais mais comuns são vermelhidão na pele e aumento da sensibilidade local.

Cuidados durante a quimioterapia

O paciente que faz quimioterapia injetável pode apresentar lesões na pele devido à necessidade de repetidas infusões. Nesse caso, existe a possibilidade de colocação de cateteres implantados na veia, abaixo da pele. Chamados de Portocath (ou Port-A-Cath), eles permitem acesso fácil e pouco doloroso para a colocação de soros e infusões.

Já no dia a dia, é recomendável ao paciente em tratamento quimioterápico alguns cuidados:

  • Redobrar os cuidados ao fazer a barba, para não se cortar;
  • Usar hidratantes sem álcool quando a pele estiver ressecada ou descamando;
  • Não utilizar desodorantes com alumínio;
  • Aplicar protetor solar;
  • Não retirar as cutículas, pois elas agem como um mecanismo de defesa, evitando o risco de infecções;
  • Não é necessário se afastar do trabalho, mas o paciente pode sentir a necessidade de reduzir o ritmo.

Para os pacientes que fazem uso da medicação oral, é importante seguir algumas recomendações, como:

  • Lavar as mãos com água e sabão antes e depois de tomar a quimioterapia oral;
  • Manter todos os comprimidos ou cápsulas inteiras;
  • Manter o medicamento armazenado na embalagem original;
  • Evitar guardá-los no armário do banheiro ou próximo de janelas;
  • Fazer uso conforme recomendação médica, cumprindo horários e doses indicados.

Para pacientes em tratamento com quimioterapia de uso tópico, deve-se também ter cuidado redobrado com a higiene das mãos e com o armazenamento do medicamento.

Por quanto tempo o tratamento deve ser feito?

O tratamento com quimioterapia tem duração variável. Dependendo do caso, o médico pode estabelecer uma programação com datas e número de ciclos (exceto no caso de medicamentos de uso oral), como acontece quando a quimioterapia é adjuvante ou neoadjuvante. As aplicações podem ser diárias, semanais ou mensais.

Mas na maioria das vezes, a programação é mantida em aberto e o paciente vai sendo reavaliado após a aplicação de alguns ciclos de quimioterapia. Mudanças no esquema quimioterápico dependem dos resultados obtidos com o tratamento.

Marque sua consulta com o Dr. Manoel Carlos Leonardi para saber mais sobre a quimioterapia.

 

Fontes:

A.C.Camargo Cancer Center

Manual MSD

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Instituto Nacional de Câncer (Inca)

Rede D’Or São Luiz