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Hormonioterapia

Hormonioterapia
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Tratamento age de maneira complementar a outros procedimentos para tratar e controlar o câncer e tem sido bastante usado nos tumores de mama e de próstata

O desenvolvimento de novos medicamentos oncológicos visa dois objetivos: melhorar a eficácia dos tratamentos e reduzir os efeitos colaterais que a maioria deles causa. Para alguns tipos de câncer, um dos procedimentos que tem apresentado bons resultados é a hormonioterapia.

Quero realizar o tratamento com hormonioterapia!

O que é hormonioterapia?

A hormonioterapia é um tratamento indicado para impedir a circulação de hormônios que possam estimular o crescimento de um tumor maligno.

Exemplos de tumores que crescem em decorrência da dependência de hormônios são os de próstata (testosterona) e de mama (estrogênio ou progesterona).​ Cânceres de útero, ovário e de endométrio também podem ser tratados com hormonioterapia.

Porém, não são todos os tipos de tumores que podem ser tratados com hormonioterapia, apenas aqueles que possuem células receptoras para esses hormônios.

A hormonioterapia pode ser indicada nos casos de doença avançada ou localizada apenas no órgão de origem. Assim como ocorre com a quimioterapia, a hormonioterapia tem efeito sistêmico, ou seja, ela age em todo o organismo.

Como funciona a hormonioterapia?

A ação do tratamento hormonal ocorre pela supressão da produção de hormônios, com a finalidade de privar as células dos estímulos necessários que facilitam a sua multiplicação desordenada, e por meio do bloqueio da ligação dos hormônios com os seus receptores (chamado bloqueio periférico).

A hormonioterapia, na maioria dos casos, é utilizada em combinação a outros tratamentos oncológicos, como cirurgia, quimioterapia e radioterapia.

A medicação hormonal age diretamente na célula cancerígena, podendo ser administrada ao paciente por meio de comprimidos ou de injeções subcutâneas ou intramusculares. Nesses casos, a aplicação pode ser feita no braço, na coxa, no quadril ou logo abaixo da pele, na camada de gordura do braço, da perna ou da barriga.

Hormonioterapia: Cuidado preciso contra o câncer!

Em geral, os hormonioterápicos orais são administrados diariamente. Já os injetáveis são administrados mensal ou trimestralmente.

Há casos em que o bloqueio da ação hormonal é feito por cirurgia, com a remoção do órgão que produz o hormônio, como ovários ou testículos.

Apenas o tratamento oral pode ser feito pelo paciente em casa. Nas demais situações, é necessário o deslocamento até o hospital ou clínica especializada.

A hormonioterapia pode ser:

  • Neoadjuvante: o tratamento hormonioterápico é feito antes do procedimento cirúrgico, com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor e facilitar o procedimento, além de preservar ao máximo os tecidos saudáveis;
  • Adjuvante: depois da cirurgia. Nesse caso, a hormonioterapia visa diminuir a chance de a doença aparecer novamente (recidivar);
  • Paliativa: para reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente nas doenças metastáticas.

Tipos de hormonioterapia

Existem quatro tipos de hormonioterapia mais usados no tratamento do câncer. São eles:

  • Retirada cirúrgica de glândulas endócrinas responsáveis pela produção dos hormônios: nas mulheres, a retirada dos ovários impede o organismo de produzir estrogênio e progesterona. Nos homens, é feita a retirada dos testículos para a redução da produção de testosterona;
  • Doses suprafisiológicas de hormônios: doses suprafisiológicas são aquelas que vão além do necessário para manter o organismo funcionando. Dependendo do tipo de tumor, pequenas doses de hormônio podem estimular seu crescimento, enquanto doses mais altas podem fazer com que ele entre em remissão. Um dos exemplos são os tumores de mama, que podem entrar em remissão quando são aplicadas doses mais altas de estrogênio ou progesterona;
  • Inibidores de enzimas necessários para a produção de hormônios: enzimas são proteínas responsáveis por algumas reações químicas em nosso organismo. Este tipo de hormonioterapia age para bloquear as enzimas responsáveis pela produção de hormônios, o que impede as células cancerígenas de continuarem crescendo;
  • Antagonistas dos hormônios (anti-hormônios): são medicações que se ligam aos receptores existentes nas células cancerígenas para impedir que o hormônio tenha alguma ação sobre eles;
  • Combinação de hormônios: esse tipo de hormonioterapia nem sempre apresenta resultados favoráveis para todos os tipos de câncer. Os casos de câncer de próstata são os que melhor respondem a esse tratamento.

Em algumas situações, a supressão hormonal pode ser obtida por meio de aplicação de doses de radioterapia diretamente nos órgãos produtores de hormônios.

Efeitos colaterais da hormonioterapia

O tratamento com hormonioterapia é considerado menos agressivo do que a quimioterapia, e seus efeitos colaterais estão relacionados à ausência do hormônio que está sendo suprimido durante o tratamento.

Os efeitos mais comuns são:

  • Redução da libido;
  • Alterações menstruais;
  • Náuseas;
  • Constipação;
  • Dores nas articulações;
  • Mudanças de humor e depressão;
  • Ondas de calor no corpo;
  • Ganho de peso;
  • Ressecamento da pele e da vagina;
  • Dor de cabeça;
  • Impotência sexual;
  • Alteração dos níveis de colesterol;
  • Aumento do risco de trombose.

Efeitos colaterais menos comuns da hormonioterapia incluem: osteoporose, infarto, doença cardíaca, catarata, entre outros.

Por quanto tempo o tratamento deve ser feito?

Assim como ocorre com outros tratamentos oncológicos, a duração da hormonioterapia varia de acordo com o tipo da doença e com as condições clínicas do paciente. Porém, em geral, dura cerca de três a cinco anos.

Marque sua consulta com o Dr. Manoel Carlos Leonardi para saber mais sobre a hormonioterapia.

 

Fontes:

Rede D’Or São Luiz

Hospital Israelita Albert Einstein

A.C. Camargo Cancer Center