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Câncer de Ovário

Câncer de Ovário
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Doença afeta mulheres mais velhas e pode ser bastante agressiva. Mas existem tratamentos e é importante o diagnóstico precoce

O câncer de ovário é o mais grave dos tumores ginecológicos. Representa 4% de todos os tumores malignos do corpo humano e se desenvolve com mais frequência em mulheres acima de 50 ou 60 anos.

As causas exatas não são conhecidas, mas existem vários fatores que podem aumentar o risco de uma mulher desenvolver a doença, como: idade avançada (acima dos 60 anos), histórico familiar de câncer de ovário, obesidade, alterações genéticas, nunca ter engravidado, fazer terapia de reposição hormonal e idade de início e fim da menstruação (começar a menstruação em uma idade precoce ou iniciar a menopausa em uma idade mais avançada, ou ambos).

Quero saber mais sobre o câncer de ovário!

O que é o câncer de ovário?

O sistema reprodutivo feminino é formado, além de outros órgãos, por dois ovários, um de cada lado do útero. Os ovários — cada um do tamanho de uma amêndoa — produzem os hormônios estrogênio e progesterona, além de conterem os folículos, estruturas que abrigam os óvulos.

Ele ocorre quando há um crescimento anormal das células que compõem os ovários. Essas células se multiplicam rapidamente e podem invadir e destruir o tecido saudável do corpo.

Quais são os subtipos do câncer de ovário?

O câncer de ovário se subdivide em três tipos e o que determina sua classificação é o tipo de célula onde o câncer se inicia. São eles:

  • Câncer epitelial de ovário: é o tipo mais comum e inclui vários subtipos, como carcinoma seroso e carcinoma mucinoso.
  • Tumores estromais: são tumores mais raros, geralmente diagnosticados em uma fase mais precoce do que outros tipos.
  • Tumores de células germinativas: também é um tipo bastante raro e que tende a se desenvolver em mulheres mais jovens.

O câncer de ovário também se divide em estágios:

  • Estágio 1: o câncer é encontrado em um ou ambos os ovários;
  • Estágio 2: o câncer se espalhou para outras partes da pelve;
  • Estágio 3: o câncer se espalhou para o abdômen e se estende para o peritônio, além da pelve, ou apresenta metástases em linfonodos;
  • Estágio 4: o câncer é encontrado fora do abdômen, como no fígado.

Tratamento do câncer de ovário com o Oncologista Dr. Manoel!

Fatores de risco do câncer de ovário

As causas exatas do câncer de ovário ainda não são conhecidas, mas existem fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença, como:

  • Idade avançada: o risco de câncer de ovário aumenta à medida que a mulher envelhece;
  • Alterações genéticas hereditárias: alguns cânceres de ovário são causados por alterações genéticas, como os genes BRCA1 e BRCA2. Esses genes também aumentam o risco de câncer de mama. Outras alterações genéticas também são conhecidas por aumentar o risco de câncer de ovário, como as associadas à síndrome de Lynch e aos genes BRIP1, RAD51C e RAD51D;
  • História familiar de câncer de ovário, de mama ou de intestino;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Terapia de reposição hormonal pós-menopausa: pode aumentar o risco de câncer de ovário. Por isso, esse tipo de tratamento deve ser feito com orientação e acompanhamento de um especialista por um tempo determinado;
  • Idade em que a menstruação começou e terminou: começar a menstruação em uma idade precoce ou iniciar a menopausa em uma idade mais avançada, ou ambos, pode aumentar o risco de câncer de ovário;
  • Nunca ter engravidado.

Sintomas do câncer de ovário

Nem sempre os sintomas do câncer de ovário são específicos, e muitas vezes podem ser confundidos com má digestão, gases ou mesmo ganho de peso. Os sintomas variam de mulher para mulher, mas podem incluir:

  • Desconforto ou dor abdominal;
  • Sensação de empachamento após as refeições;
  • Náusea, diarreia, prisão de ventre;
  • Necessidade frequente de urinar;
  • Perda ou ganho de peso inexplicável;
  • Perda de apetite;
  • Sangramento vaginal anormal;
  • Cansaço;
  • Dor nas costas;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Alterações menstruais.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de ovário é feito por meio de alguns exames, que incluem:

  • Exame pélvico;
  • Exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia computadorizada do abdômen e da pelve, podem ajudar a determinar o tamanho, a forma e a estrutura dos ovários;
  • Exames de sangue;
  • Exames de marcadores tumorais que podem indicar a possibilidade de indicam câncer de ovário, como o teste de antígeno do câncer (CA) 125, que pode detectar uma proteína que é frequentemente encontrada na superfície das células cancerosas do ovário.

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Tratamento para o câncer de ovário

O tratamento geralmente envolve uma combinação de cirurgia e quimioterapia, mas outros tratamentos podem ser indicados, dependendo do caso.

Cirurgia: no câncer de ovário em estágio inicial, que não se espalhou além de um ovário, a cirurgia pode envolver a remoção do ovário afetado e da tuba uterina ligada a ele. Caso o câncer tenha afetado os dois ovários, a remoção de ambos e de ambas as tubas uterinas deve ser realizada. Se o câncer for mais extenso e a mulher não deseja ter filhos, o cirurgião pode indicar a remoção dos ovários, do útero, das tubas e dos gânglios linfáticos. No câncer de ovário em estágio avançado, o objetivo da cirurgia é remover o máximo possível do tecido afetado. Nesses casos, pode ser feito tratamento quimioterápico antes ou depois do procedimento cirúrgico.

Quimioterapia: é frequentemente usada após a cirurgia para destruir células cancerígenas remanescentes, ou pode ser indicada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor.

Terapia-alvo: o medicamento é direcionado especificamente para a célula doente.

Terapia hormonal: bloqueia os efeitos do hormônio estrogênio nas células de câncer de ovário (alguns tumores são hormônio-dependentes). A terapia hormonal pode ser uma opção de tratamento para alguns tipos de câncer de ovário de crescimento lento ou quando há recidiva.

Imunoterapia: medicamentos são utilizados para fortalecer o sistema imunológico para que o próprio corpo possa combater as células cancerígenas.

Recomendações para evitar o câncer de ovário

É possível prevenir este câncer ao adotar algumas medidas, como:

  • Usar pílulas anticoncepcionais: essas medicações reduzem o risco de câncer de ovário. As pílulas devem ser tomadas apenas com prescrição médica, pois seu uso traz riscos;
  • Não fumar;
  • Manter um peso saudável;
  • Conversar com o médico sobre possíveis exames ou tratamentos se houver casos de câncer de ovário na família.

Perguntas frequentes

Listamos a seguir algumas dúvidas comuns sobre a doença.

O Papanicolau detecta o câncer de ovário?

Sim. O Papanicolaou, chamado preventivo, é o principal exame que diagnostica o câncer de ovário.

HPV causa tumor de ovário?

O Papilomavírus Humano (HPV) não tem relação com o câncer de ovário, e sim com o câncer de colo de útero.

Quem tem câncer de ovário pode engravidar?

Quando o diagnóstico ocorre em período reprodutivo e se o tratamento for baseado em medicamentos e quimioterapia, e não na retirada do órgão, é possível manter a possibilidade de uma gestação saudável. Além disso, existem tratamentos de preservação da fertilidade, como o congelamento de óvulos, que podem ser realizados antes de iniciado o tratamento oncológico.

Existem tumores de ovário que são benignos?

Sim. Os tumores benignos de ovário são cavidades cheias de líquido que se formam dentro ou na superfície de um ovário e são relativamente comuns.

É possível remover os ovários para evitar câncer?

É possível, mas isso não significa que a mulher ficará segura 100% de que não desenvolverá a doença. Mulheres que tiveram seus ovários removidos podem ter a doença porque o câncer de ovário também pode afetar as tubas uterinas e o peritônio, tecido que reveste a parede interna do abdômen.

Cisto no ovário pode se tornar um câncer?

Não. Os cistos são formações benignas que não evoluem para câncer. Na maioria dos casos, inclusive, eles só são retirados apenas se causarem incômodo.

Saiba mais sobre esse e outros assuntos! Entre em contato com o oncologista Dr. Manoel Carlos.

 

Fontes:

Mayo Clinic

A.C.Camargo Cancer Center

Cleveland Clinic

Centers for Disease Control and Prevention