Embora pareçam menos prejudiciais, o cigarro eletrônico e narguilé são altamente viciantes e aumentam o risco de doenças diversas
Cigarro eletrônico e narguilé são formas populares de consumo de tabaco entre os jovens e adolescentes. Embora os usuários argumentem que essas práticas são menos nocivas que o cigarro comum, a própria Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que seus danos são semelhantes ou até piores que os do cigarro convencional.
Afinal, além de ser uma porta de entrada para o hábito do tabagismo, o cigarro eletrônico e narguilé expõem o usuário a um risco aumentado de overdose acidental dos fluidos de nicotina, além de ter a mesma associação ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, respiratórias e alguns cânceres. Por fim, o uso do tabaco por meio desses dispositivos, que são compartilhados entre amigos, aumenta os riscos de desenvolver herpes, hepatite C, tuberculose e até meningite.
Você sabe o que é o narguilé?
O narguilé, também conhecido como hookah ou cachimbo d’água, é um dispositivo utilizado para fumar tabaco. Ele consiste em um recipiente que contém água, um tubo com uma mangueira conectada a ele e uma tigela onde o tabaco é colocado. O tabaco é aquecido com carvão em brasa e a fumaça é filtrada através da água antes de ser inalada pelo usuário através da mangueira.
Perigos e riscos do narguilé
Embora muitas pessoas acreditem que fumar narguilé seja menos prejudicial do que fumar cigarros, vários estudos têm demonstrado que o uso do narguilé também pode causar problemas de saúde, incluindo doenças respiratórias, problemas cardíacos e até câncer.
O que é o cigarro eletrônico?
O cigarro eletrônico, também conhecido como e-cigarro ou vaporizador eletrônico, é um dispositivo eletrônico que simula o ato de fumar. Porém, em vez de queimar tabaco como um cigarro convencional, esse dispositivo vaporiza um líquido que contém nicotina, saborizantes e outros produtos químicos.
Perigos e riscos do cigarro eletrônico
Apesar de serem comercializados como uma alternativa mais segura ao tabagismo convencional, os cigarros eletrônicos ainda contêm nicotina, que é uma substância viciante. Além disso, os líquidos utilizados nos cigarros eletrônicos contêm produtos químicos que podem ser prejudiciais à saúde, especialmente quando inalados a longo prazo.
Cigarro eletrônico e narguilé são menos nocivos que cigarro comum?
Não. Ambos podem causar problemas de saúde significativos.
No caso do cigarro eletrônico, embora ele não queime tabaco, o vapor produzido contém substâncias químicas que podem ser inaladas pelos usuários e causar danos aos pulmões e outros órgãos do corpo. Além disso, muitos líquidos utilizados no cigarro eletrônico contêm nicotina, que é uma substância altamente viciante e pode levar ao uso contínuo do produto.
Já no caso do narguilé, embora a fumaça passe pela água antes de ser inalada pelo usuário, ela ainda contém altos níveis de substâncias tóxicas, incluindo monóxido de carbono e metais pesados que podem se depositar em diversos tecidos do organismo e causar doenças crônicas.
Ou seja, o cigarro eletrônico e narguilé podem causar:
- Overdose;
- Doenças cardiovasculares e respiratórias;
- Câncer de pulmão e outros órgãos;
- Dependência química;
- Hepatite C;
- Herpes;
- Meningite;
- Tubercolose.
Cigarro eletrônico e narguilé causam dependência?
Sim, cigarro eletrônico e narguilé causam dependência, pois ambos contêm nicotina, uma substância altamente viciante. É importante lembrar que a dependência de nicotina pode ser difícil de superar, e muitas pessoas precisam de ajuda para deixar de fumar.
Cigarro eletrônico e narguilé podem causar câncer?
Sim. Cigarro eletrônico e narguilé também são formas de tabagismo associadas a um maior risco de desenvolver câncer, assim como doenças cardiovasculares e respiratórias.
As substâncias químicas inaladas pelo usuário de cigarro eletrônico, como formaldeído, acetaldeído e acroleína, e principalmente as nitrosaminas, aumentam o risco de câncer de pulmão e outros tipos a longo prazo. Já as substâncias inaláveis do narguilé, como chumbo e cádmio, aumentam o risco de câncer de pulmão, boca, garganta e esôfago.
Entre em contato com o Dr. Manoel Carlos.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Pediatria