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Mieloma múltiplo: o que é?

Mieloma múltiplo: o que é?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Quando há sintomatologia e comprometimento de órgãos vitais, o mieloma múltiplo deve ser tratado imediatamente

O mieloma múltiplo é o segundo principal tipo de câncer hematológico do mundo – perdendo apenas para os linfomas – e é responsável por 1% de todas as mortes por câncer nos países ocidentais. Trata-se de uma multiplicação anormal de células da medula óssea, levando à produção de anticorpos anormais e ineficientes e à formação de aglomerados proteicos com alto potencial de lesionar os ossos.

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O que é mieloma múltiplo?

O mieloma múltiplo é um tipo de câncer que afeta os plasmócitos, que são células da medula óssea produtoras de anticorpos. Essa proliferação excessiva leva a um comprometimento da atividade de outras células da medula, como aquelas que produzem as hemácias, podendo levar a um quadro de anemia.

Além disso, a produção acelerada de plasmócitos faz com que as novas células formadas sejam anômalas e formem anticorpos também defeituosos (proteínas monoclonais), predispondo o paciente a infecções recorrentes. Quando as proteínas monoclonais atingem a corrente sanguínea e a urina elas podem danificar órgãos diversos, inclusive os rins.

Por fim, o mieloma múltiplo leva a lesões ósseas causadas pelos plasmocitomas, que são aglomerados celulares formados pelo excesso de plasmócitos. O crescimento desses plasmocitomas dentro da medula levam a importantes danos estruturais aos ossos.

O que causa o mieloma múltiplo?

Ainda não se sabe a causa do mieloma múltiplo, mas é de conhecimento médico que é uma condição decorrente de alterações genéticas, como deleção e translocação de cromossomos e hiperplasias, que também estão relacionadas ao prognóstico da doença.

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Quais são os sintomas do mieloma múltiplo?

Muitos pacientes com mieloma múltiplo são assintomáticos e, inclusive, não precisarão de tratamento para a doença. Porém, naqueles em que há manifestações clínicas, elas são um reflexo da reprodução anômala dos plasmócitos e da supressão da atividade de outras células da medula óssea.

Assim, apresentam-se como os principais sintomas do mieloma múltiplo:

  • Dor óssea, principalmente no quadril e costelas;
  • Fraturas espontâneas ou após traumas de baixa energia;
  • Cansaço e palidez como manifestação da anemia;
  • Infecções recorrentes;
  • Perda de peso excessiva e sem causa aparente;
  • Dificuldade ao movimentar os pés e as mãos.

Principais fatores de risco

Como não se sabe a causa do mieloma múltiplo, é difícil definir os fatores de risco específicos, exceto os dados epidemiológicos, que indicam o sexo masculino, a afrodescendência e a idade avançada como fatores de propensão ao desenvolvimento da doença.

Portanto, dado que esses fatores de risco não são modificáveis, a melhor forma de se prevenir contra o mieloma múltiplo é manter um estilo de vida saudável, principalmente com relação à alimentação, atividades físicas e evitar o tabagismo. Além disso, para evitar o diagnóstico tardio, é importante consultar um médico sempre que se sentir indisposto, com dores e com a imunidade baixa, principalmente nos casos de pessoas com histórico familiar de mieloma múltiplo.

Quais são as formas de tratamento do mieloma múltiplo?

Nem todos os pacientes com mieloma devem ser tratados, pois esse tipo de câncer é incurável. Assim, aqueles que apresentam a doença, mas não têm nenhum sintoma, não devem receber tratamento, pois os efeitos colaterais podem impactar negativamente a qualidade de vida do paciente.

Assim, o tratamento é indicado apenas para os pacientes sintomáticos com lesões orgânicas, como anemia, hipercalcemia, lesões ósseas, amiloidose e infecções bacterianas recorrentes. Nesses casos, o tratamento do mieloma múltiplo deve ser imediato e definido pelo especialista em oncologista conforme as características específicas de cada paciente, podendo incluir combinação de fármacos diversos, quimioterápicos, transplante de células troncos e radioterapia para o controle da dor.

Entre as opções disponíveis, pode-se afirmar que o tratamento mais eficaz para o mieloma múltiplo é o transplante autólogo de célula tronco (utilizando células periféricas do próprio paciente). É uma opção terapêutica de baixa mortalidade e indicada principalmente para os pacientes com menos de 65 anos de idade. Já o transplante heterólogo é menos realizado principalmente devido à dificuldade de encontrar doadores compatíveis.

Já nos pacientes que não são candidatos ao transplante de medula óssea, mas que apresentam grande sintomatologia, a recomendação é realizar a quimioterapia e todas as medidas de suporte para reduzir os efeitos colaterais do tratamento e melhorar a qualidade de vida.

Por fim, é preciso ter atenção às repercussões sistêmicas causadas pelo mieloma, a fim de incluir terapias para tratar as complicações da doença, como a anemia, a elevação de ácido úrico e a imunodeficiência.

Para saber mais entre em contato com o Dr. Manoel Leonardi.

 

Fontes:

ABRALE

Dr. Manoel Leonardi