O tratamento do câncer deixa o organismo debilitado, o que o torna mais propenso a infecções, que podem evoluir para quadros fatais
O corpo humano está exposto a vírus e bactérias diariamente, o que pode causar gripes ou doenças mais severas. No geral, o sistema de defesa do organismo age minimizando esses impactos. Se ele já está comprometido devido a alguma enfermidade, sua capacidade de proteção diminui. Por isso, infecções em pacientes oncológicos são comuns.
O organismo de pessoas com câncer está em estado de imunossupressão, ou seja, o sistema imune está fragilizado devido à enfermidade e ao tratamento. Essa condição o torna propenso a ação de micro-organismos, que se aproveitam para se instalar e produzir doenças. Com isso, podem acontecer infecções em pacientes oncológicos eventualmente fatais.
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Impacto das infecções em pacientes oncológicos
O tratamento do câncer consiste em destruir as células cancerígenas, mas nesse processo parte dos leucócitos saudáveis também são eliminados. Esses glóbulos brancos são produzidos na medula óssea e em tecidos linfoides com a função de proteger o corpo contra infecções.
Com isso, o paciente pode ter um comprometimento do sistema de defesa, especialmente se a baixa contagem de glóbulos brancos for significativa ou se estender por um período prolongado. Então, as infecções em pacientes oncológicos tornam-se perigosas, apresentando quadros em que uma gripe evolui para uma síndrome respiratória grave ou uma infecção generalizada.
Causas das infecções em pacientes oncológicos
As infecções em pacientes oncológicos estão relacionadas à imunossupressão decorrente do tratamento do câncer. Esse comprometimento do funcionamento do sistema imunológico está ligado a fatores, como:
- Doença: o organismo não consegue combater outras infecções da forma adequada, uma vez que está atuando na luta contra o câncer;
- Reações ao tratamento: o tratamento produz efeitos colaterais, como a insônia e o estresse, o que fragiliza a imunidade;
- Redução da produção de glóbulos brancos: é uma consequência do mau funcionamento da medula óssea, em especial em cânceres que atingem a medula e/ou os ossos.
Sintomas frequentes das infecções em pacientes oncológicos
Embora o problema possa surgir em qualquer parte do corpo, as infecções em pacientes oncológicos aparecem frequentemente em partes, como boca, pele, pulmões, trato urinário, reto e genitais. Alguns sintomas que indicam a condição são:
- Febre;
- Calafrios e/ou suor excessivo;
- Tosse;
- Falta de ar;
- Dor de garganta, de estômago ou abdominal;
- Dor ou ardência ao urinar;
- Diarreia
- Corrimento ou coceira na região genital;
- Vermelhidão, inchaço ou dor em volta de um corte ou ferida.
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Estratégias de medidas preventivas contra infecções
Uma das principais medidas preventivas contra infecções em pacientes oncológicos é evitar situações que facilitem a entrada de vírus e bactérias no organismo, especialmente em períodos de identificada baixa de leucócitos. Os cuidados incluem:
- Respeitar dieta e repouso recomendados;
- Não ir a lugares com aglomerações;
- Evitar contato com pessoas doentes;
- Não compartilhar utensílios e itens pessoais;
- Lavar as mãos com frequência, redobrando o cuidado durante as refeições;
- Tomar banho diariamente;
- Utilizar produtos que hidratam a pele e impedem a descamação;
- Não manusear objetos pontiagudos e cortantes;
- Não ingerir alimentos crus, como carnes e mariscos;
- Higienizar frutas e vegetais da maneira correta antes do consumo;
- Não entrar em contato com detritos de animais domésticos;
- Não apertar nem arranhar feridas ou manchas;
- Escolher escovas macias para evitar lesões na boca.
Como tratar infecções em pacientes oncológicos?
Muitas vezes, a febre é o único indício de infecções em pacientes oncológicos. Como o quadro pode se agravar rapidamente e até mesmo ser fatal, é recomendado buscar ajuda médica o quanto antes, em particular se a temperatura for superior a 38 graus e persistir por mais de uma hora.
O médico avalia a saúde do paciente e qual a conduta mais segura no momento. Pode ser necessário prescrever antibióticos ou outros medicamentos que aumentam a contagem de glóbulos brancos, mas que também possuem efeitos colaterais graves em alguns pacientes. Outra possibilidade é pausar o tratamento para possibilitar o aumento dos leucócitos de forma natural.
Assim, os procedimentos em caso de infecções em pacientes oncológicos variam dependendo do quadro clínico e da análise médica, que considera os riscos e os benefícios de cada escolha. O diagnóstico precoce não apenas evita a piora do quadro do paciente, mas também reduz o impacto no tratamento do câncer.
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