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Imunoterapia

Imunoterapia
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Tratamento é um dos mais promissores para combater alguns tipos de câncer. Saiba quando é indicado e como é realizado

Os tratamentos oncológicos vêm evoluindo muito nos últimos anos, com novas tecnologias que buscam oferecer eficácia no combate à doença, com menos efeitos colaterais, o que representa uma esperança de cura para muitos pacientes. Para médicos e especialistas em oncologia, a imunoterapia é considerada um dos principais avanços já alcançados no combate ao câncer.

A expectativa é que ela entre no rol dos principais tratamentos disponíveis ao paciente oncológico, como a cirurgia, a quimioterapia, terapia-alvo e radioterapia. Saiba mais sobre a imunoterapia a seguir.

Quero realizar um tratamento com imunoterapia!

O que é imunoterapia?

A imunoterapia, conhecida também como terapia biológica, é um tipo de tratamento oncológico considerado um dos mais modernos. Seu objetivo é ativar o sistema imunológico do próprio paciente para que ele consiga combater as células cancerígenas. Assim, os especialistas acreditam que seja possível eliminar a doença de maneira mais eficaz e com menos toxicidade do que ocorre com outros tratamentos oncológicos, como quimio e radioterapia.

O que diferencia a imunoterapia dos demais tratamentos é que ela não ataca diretamente as células tumorais, mas sim estimula o sistema imunológico a fazer isso.

Quais os tipos de imunoterapia?

Os principais tipos de imunoterapia usados hoje para combater o câncer são:

  • Anticorpos monoclonais: são medicamentos desenvolvidos em laboratório, com o objetivo de reconhecer mais facilmente as células tumorais e marcá-las, para que o sistema imunológico possa, então, eliminá-las. Os anticorpos monoclonais também podem carregar substâncias utilizadas na quimioterapia ou moléculas radioativas que vão evitar que o tumor se desenvolva;
  • Inibidores de pontos de verificação imunológica (ou inibidores de checkpoint): nosso corpo possui um sistema de defesa que utiliza checkpointspara identificar as células saudáveis e evitar que o sistema imune as destrua. Quando um tumor maligno se desenvolve, ele pode usar esse sistema para disfarçar as células cancerígenas das células saudáveis, impedindo, assim, que o sistema imune as ataque. Neste tipo de imunoterapia, o paciente recebe um ou mais medicamentos, por via endovenosa, que vão ajudar o organismo a reconhecer e a atacar as células cancerígenas para, com isso, manter a doença controlada. Em alguns casos, o resultado pode ser a eliminação do tumor ou, então, a sua redução;
  • Vacinas contra o câncer: são produzidas a partir das células retiradas do tumor ou de substâncias coletadas delas. O objetivo dessas vacinas é estimular a resposta do sistema imune às células cancerosas. Elas podem tanto tratar tumores malignos já existentes quanto ser usadas para retardar ou impedir o crescimento de células cancerosas, reduzir o tamanho dos tumores, prevenir recidivas da doença e eliminar células cancerígenas remanescentes de outras formas de tratamento. As vacinas contra o câncer não possuem caráter preventivo, mas de tratamento;
  • Células CAR-T (também chamada de terapia do receptor de antígeno quimérico de células T ou transferência de células T adotivas): as células T são um tipo de célula imunológica. Neste tipo de imunoterapia, elas são retiradas do sangue do paciente e modificadas geneticamente para que reconheçam o tipo de tumor e, assim, atuem em seu combate.

Tratamento de Imunoterapia com o Oncologista Dr. Manoel!

Como funciona a imunoterapia?

O tratamento imunoterápico pode ser feito por meio de medicamentos injetáveis ou tópicos (pomadas).

A imunoterapia visa:

  • Estimular o sistema imunológico do paciente para que ele consiga combater a doença com mais eficiência;
  • Fornecer as proteínas que vão ajudar a tornar o sistema imune mais eficiente para combater cada tipo de câncer.

O tratamento pode ser diário, semanal ou mensal. Essa frequência depende de fatores como o tipo de câncer, seu estágio, a imunoterapia utilizada e a maneira como o organismo do paciente responde a ela.

Há casos em que o tratamento é feito em ciclos, semelhante ao que ocorre com a quimioterapia, seguidos de um período de descanso para que o corpo se recupere e produza novas células sadias.

A imunoterapia não trata nem é capaz de reduzir os sintomas causados pelo câncer. Dessa maneira, é comum o paciente precisar fazer uso de anti-inflamatórios, corticoides ou analgésicos durante o tratamento, para diminuir o desconforto.

Quando é indicada?

Embora a imunoterapia seja um tratamento oncológico promissor, ela não se aplica a todos os tipos de tumores malignos. O médico oncologista indica esse tipo de terapia depois de avaliar o tipo de tumor e a fase do tratamento em que o paciente se encontra.

Atualmente, a imunoterapia é recomendada para tratar os seguintes tipos de câncer:

  • Pulmão;
  • Rim;
  • Bexiga;
  • Estômago;
  • Cabeça e pescoço;
  • Melanoma e alguns tipos de câncer de pele, como carcinoma de células de Merkel e carcinoma escamoso;
  • Alguns subtipos de câncer de mama;
  • Próstata;
  • Colorretal;
  • Cervical e ovariano;
  • Linfoma de Hodgkin.

Geralmente, a imunoterapia é uma opção no combate ao câncer quando o paciente não obteve resposta com outros tipos de tratamento ou quando os sintomas causados pelo câncer são graves. Há casos em que ela pode ser usada em associação com a quimioterapia para melhorar a eficácia do tratamento.

Quais são os efeitos colaterais?

Embora a imunoterapia tenda a apresentar menos efeitos colaterais do que a quimioterapia, por exemplo, eles existem e dependem do tipo de medicamento usado no tratamento.

Na maior parte dos casos, os efeitos adversos relatados pelos pacientes em uso de imunoterapia incluem:

  • Cansaço excessivo;
  • Calafrios;
  • Náuseas;
  • Febre persistente;
  • Tonturas;
  • Diarreia;
  • Rash cutâneo;
  • Redução da pressão sanguínea;
  • Hipertensão;
  • Aumento do risco de infecções;
  • Dor de cabeça e muscular.

Também podem ser relatados efeitos autoimunes, causados pela hiperativação do sistema imunológico, que passa a agredir o próprio paciente. São exemplos: dermatite, tireoidite, vitiligo, lúpus, entre outras.

É importante conversar com o seu médico para entender quais os riscos e benefícios da imunoterapia no tratamento oncológico antes de iniciá-lo.

Marque sua consulta com o Dr. Manoel Carlos Leonardi para saber mais sobre a imunoterapia.

 

Fontes:

A.C.Camargo Cancer Center

Manual MSD

Rede D’Or São Luiz

Ministério da Saúde