O diagnóstico do câncer de próstata inclui dosagem do antígeno prostático e o exame de toque retal, sendo também necessária uma biópsia
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo principal tipo de neoplasia maligna que acomete a população masculina, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Assim, o diagnóstico precoce do câncer de próstata e a identificação do tipo de tumor que acomete o paciente são importantes para definir a melhor conduta de tratamento, aumentando as chances de sucesso e sobrevida.
Como é realizado o diagnóstico do câncer de próstata?
O primeiro passo para obter o diagnóstico do câncer de próstata é realizar o rastreio com o toque retal pelo médico urologista e avaliar, de forma combinada, os resultados laboratoriais da dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA). Caso essa avaliação inicial combinada indique alterações, um exame de imagem pode ser feito para obter uma visualização mais detalhada da próstata, bem como deve-se prosseguir com uma biópsia, que fornecerá o diagnóstico definitivo do tipo de lesão.
Antígeno Prostático Específico (PSA)
A dosagem de Antígeno Prostático Específico (PSA) é um dos passos necessários para o diagnóstico do câncer de próstata. Porém, é muito importante ter em mente que, embora o PSA seja uma proteína produzida pela próstata, o aumento de seus valores nem sempre indica um quadro tumoral.
Isso acontece porque o PSA pode estar elevado até mesmo em doenças benignas da próstata, de tal forma que o Ministério da Saúde estima que 2/3 dos homens com PSA elevado não têm câncer de próstata, ao passo que 20% dos homens com o câncer têm um PSA normal. Ou seja, esse exame pode ajudar no diagnóstico do câncer de próstata, mas considerar apenas o seu valor para tomar condutas diagnósticas e terapêuticas é inadequado.
Exame de toque
O exame de toque é um dos mais importantes passos para se ter o diagnóstico do câncer de próstata, e por isso pode ser feito em todos os homens assintomáticos acima dos 75 anos e também naqueles mais novos com sintomas geniturinários ou com fatores de risco para a doença, o que inclui histórico familiar de câncer de próstata abaixo dos 60 anos.
A partir do toque retal, o médico consegue sentir a glândula e constatar se há aumento de volume e alteração na consistência do tecido, sendo esses alguns dos mais importantes indicadores para definir a necessidade de continuar a investigação do diagnóstico do câncer de próstata.
Quando realizar os exames de câncer de próstata?
Estudos epidemiológicos indicam que a incidência do câncer de próstata é maior nos homens acima dos 50 anos, mas, segundo o Ministério da Saúde, apenas esse dado não é suficiente para submeter todos os homens acima dessa idade ao rastreio para a doença, principalmente porque há muitas chances de obter resultados falsos positivos. Assim, o rastreio de rotina para obter o diagnóstico do câncer de próstata tem mais benefícios quando feito apenas em homens com mais de 75 anos.
Com relação aos homens abaixo dessa idade, a decisão de rastrear e investigar o diagnóstico do câncer de próstata deve ser tomada em conjunto entre o paciente e o médico mediante indícios de alto risco para o desenvolvimento da doença. Ou seja, essa conversa sobre a antecipação do rastreio para o câncer de próstata deve ocorrer com os seguintes pacientes:
- Homens acima dos 40 anos com sinais e sintomas, como alteração na frequência e padrão urinário, sangue na urina e disfunção erétil;
- Homens afro-brasileiros com 45 anos (etnia de alto risco);
- Homens com 45 anos e um parente de primeiro grau (pai ou irmão) diagnosticado com esse câncer antes dos 65 anos;
- Homens com 40 anos e mais de um parente de primeiro grau diagnosticado em idade precoce.
Para saber mais entre em contato com o Dr. Manoel Leonardi.
Fontes: