Este tipo de câncer de pele é raro e pode evoluir rapidamente se não tratato a tempo
As células de Merkel são células normais presentes na epiderme (a camada externa da pele). Elas atuam como receptores de toque e produzem alguns hormônios. Quando essas células começam a crescer de maneira desordenada, podem dar origem a um tumor maligno, o carcinoma de Merkel.
O que é carcinoma de Merkel?
O carcinoma de Merkel, também chamado de carcinoma de células de Merkel ou carcinoma neuroendócrino da pele, é um tipo de câncer cutâneo. Bastante raro, acomete pessoas de pele clara, geralmente na faixa dos 70 anos.
O tumor surge com mais frequência em regiões da pele mais expostas ao sol, como rosto, pescoço ou braços.
Sintomas do carcinoma de Merkel
Entre os principais sintomas deste tipo de tumor, destacam-se:
Nódulos duros
O carcinoma de Merkel se apresenta como um único nódulo duro, de cor avermelhada, rosa ou roxa, brilhante e que não causa dor.
Inchaço firme na pele
O carcinoma de Merkel também pode se apresentar na forma de um inchaço firme na pele, com aspecto brilhante e cor rosa, vermelha ou arroxeada.
Evolução rápida
O carcinoma de Merkel é um tipo de tumor de crescimento rápido. Conforme a doença evolui, novos nódulos podem surgir.
Perda de cabelo na área afetada
Se o carcinoma de Merkel atinge o couro cabeludo, o paciente pode relatar perda de cabelo no local.
Como é realizado o diagnóstico?
Junto com um exame físico padrão, realizado em consultório, alguns dermatologistas realizam um exame chamado dermatoscopia para avaliar diferentes lesões da pele. O aparelho usado para essa avaliação é o dermatoscópio, que possui uma lente de aumento especial, que ajuda o médico a visualizar a lesão com mais detalhes.
Quando o médico suspeita que uma lesão na pele pode ser maligna, ele retira uma pequena amostra do tecido para a realização de uma biópsia. Esse tecido é enviado para análise anatomopatológica para confirmação diagnóstica.
Existem diferentes maneiras de realizar a biópsia, dependendo da localização e do tamanho do tumor, entre outros fatores.
Tratamento para o carcinoma de Merkel
O tratamento do carcinoma de Merkel é realizado conforme a severidade do caso. Geralmente, inclui: quimioterapia, imunoterapia e cirurgia.
Quimioterapia
O tratamento de quimioterapia para o carcinoma de Merkel é indicado, na grande maioria dos casos, quando o tumor se espalhou para outros órgãos (metástase). Mesmo assim, alguns médicos ainda podem recomendar a quimioterapia para tratar a doença antes que ela se espalhe. O tratamento pode ser feito por medicamentos de uso oral ou intravenoso.
Imunoterapia
A imunoterapia é uma alternativa nova para o tratamento do carcinoma de Merkel, especialmente quando a doença se espalhou para outras partes do corpo. O objetivo deste tipo de terapia é ajudar o sistema imunológico a encontrar e destruir as células cancerosas.
Cirurgia
O tratamento do carcinoma de Merkel é realizado por extração cirúrgica do tumor, que pode ser feita por diversas técnicas. Em muitos casos, é preciso fazer biópsia e, se necessário, remoção dos gânglios linfáticos. Na maioria das vezes, o médico indica a aplicação de radioterapia coadjuvante, realizada depois da cirurgia, para reduzir o risco de recidivas.
É possível prevenir o câncer de Merkel?
A maneira mais eficaz de prevenir um câncer de pele causado pela exposição solar, é adotando medidas de proteção, como:
- Evitar a exposição ao sol entre as 10h e as 16h (quando os raios do sol estão mais fortes);
- Evitar bronzeamento artificial;
- Usar roupas e acessórios que protejam a pele, como camisas de mangas compridas, calças e chapéu de aba grande;
- Usar protetor solar com fator de proteção solar (FPS) 30, que contenha proteção contra raios UVA e UVB. Reaplique-o a cada duas horas ou após entrar na água ou transpirar.
Além disso, adquira o hábito de fazer o autoexame da sua pele, observando atentamento se há manchas, lesões ou pintas suspeitas. Na presença de algumas delas, procure um especialista.
Entre em contato com o oncologista Dr. Manoel Carlos.
Fontes: