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Câncer de pele: tudo que preciso saber à respeito

Câncer de pele: tudo que preciso saber à respeito
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Conheça os sintomas, fatores de risco, tipos de câncer e como podem ser tratados

O câncer de pele é uma doença que se caracteriza pelo crescimento anormal das células da pele. Grande parte dos casos se origina da exposição prolongada ao sol, sem proteção adequada; no entanto, existem casos em que a doença se manifesta também em áreas normalmente não expostas à luz solar, como plantas dos pés e palmas das mãos.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano estima-se que cerca de 230 mil casos da doença sejam registrados no Brasil.

Fatores de risco do câncer de pele

Entre os principais fatores de risco para o câncer de pele, destacam-se

  • Pessoas de pele branca e/ou com olhos claros (verde ou azul);
  • Pessoas albinas;
  • Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol;
  • Excesso de exposição repetida ao sol;
  • Pessoas com histórico familiar de câncer de pele;
  • Pessoas com doenças cutâneas;
  • Exposição crônica ao arsênio;
  • Exposição à radiação ionizante.

Quais os tipos de câncer de pele?

Existem dois tipos de câncer de pele:

  • Não melanoma: se divide em carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular;
  • Melanoma;

Melanoma

O melanoma é um tipo de câncer de pele que se inicia nos melanócitos, células que produzem pigmentos que dão cor à pele, aos olhos e cabelos. É um tipo de câncer de pele mais raro – 3% dos casos da doença -, porém mais agressivo, com chances de metástase.

Não melanoma

O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil. De todos os tipos de câncer, 30% dos casos são câncer de pele não melanoma. É o de menor mortalidade e, quando diagnosticado precocemente, apresenta boas chances de cura.

Este tipo de câncer de pele se classifica em:

Carcinoma basocelular: surge nas células chamadas basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). As áreas mais expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas, são as que estão em maior risco da doença.

Carcinoma espinocelular: este tipo de câncer de pele se desenvolve nas camadas superiores da pele, onde se encontram as células escamosas e pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum também nas áreas expostas ao sol.

Sintomas do câncer de pele

Os principais sinais e sintomas que podem caracterizar o câncer de pele são:

  • Lesão cutânea de aparência elevada e brilhante, translúcida, em tom avermelhado, castanho, rosado ou multicolorido, com crosta central e que sangra facilmente;
  • Pinta de tom preto ou castanho que sofre alteração de cor, textura, formato e tamanho;
  • Mancha ou ferida que não cicatriza, que cresce, coça e apresenta crostas, erosões ou sangramento.

Como é realizado o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de pele deve ser feito pelo médico dermatologista, inicialmente através de um exame clínico. Em algumas situações, o especialista pode fazer um exame chamado dermatoscopia, no qual ele utiliza um aparelho que permite visualizar algumas camadas da pele não vistas a olho nu. Caso haja uma lesão suspeita, pode ser solicitada uma biópsia da pele para confirmação diagnóstica.

Mas, além disso, é válido que as pessoas se habituem a realizar o autoexame da pele periodicamente, com base na chamada regra ABCDE, onde:

  • A = assimetria: uma metade da pinta ou mancha é diferente da outra;
  • B = borda: elas são irregulares, entalhadas ou dentadas;
  • C = cor: pintas que apresentam tonalidade desigual. Tons de preto, marrom e canela ou áreas brancas, cinza, vermelha ou azul podem estar presentes;
  • D = diâmetro: lesões ou pintas maiores que 5 milímetros;
  • E = evolução: pintas ou manchas que sofrem alteração de tamanho, forma, cor, aparência ou que coçam ou sangram.

Tratamento do câncer de pele

O tratamento do câncer de pele é definido conforme o tipo de câncer, sua localização e agressividade, sendo a cirurgia o tratamento mais indicado. As opções cirúrgicas incluem:

Cirurgia excisional: com o auxílio de um bisturi, o médico retira o tumor e uma borda adicional de pele sadia, como margem de segurança.

Curetagem e eletrodissecção: indicadas para tumores menores. Com a ajuda de uma cureta, a lesão é raspada e, com o auxílio de um bisturi elétrico, as células cancerígenas são destruídas.

Criocirurgia: a destruição do tumor se dá com o seu congelamento com nitrogênio líquido. Não há cortes ou sangramentos, porém, não é uma técnica indicada para tumores mais invasivos.

Cirurgia a laser: utiliza o laser para remover as células cancerígenas. Também não causa sangramentos.

Cirurgia micrográfica de Mohs: o tumor e um fragmento de pele que o circunda são retirados com uma cureta. O procedimento é repetido sucessivamente até que todas as células cancerígenas sejam destruídas.

Além das modalidades cirúrgicas, o câncer de pele também pode ser tratado com terapia fotodinâmica, na qual um agente fotossensibilizante é aplicado no local da lesão. Algumas horas depois, essas áreas são expostas a uma luz intensa que ativa a substância e destrói as células tumorais.

Radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e as medicações orais e tópicas são outras opções de tratamentos para o câncer de pele, dependendo do estágio da doença.

Prevenção do câncer de pele

Por ser um tipo de câncer que tem como principal fator causal a exposição ao sol, a melhor maneira de prevenir o câncer de pele é evitando a exposição solar nos horários de maior incidência dos raios ultravioleta sobre a Terra – das 10h às 16h. Além disso, é recomendado:

  • Utilizar filtro solar diariamente;
  • Utilizar chapéus, bonés e óculos de sol;
  • Cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como camisas de mangas longas e calças;
  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta;
  • Observar regularmente a própria pele;
  • Consultar um dermatologista uma vez ao ano para uma avaliação completa da pele.

Lembre-se que a radiação ultravioleta na pele tem efeito cumulativo, ou seja, a exposição ao sol sem a devida proteção hoje, pode resultar no aparecimento do câncer de pele no futuro.

Entre em contato com o oncologista Dr. Manoel Carlos.

 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Dr. Manoel Carlos

Mayo Clinic

Instituto Nacional de Câncer (Inca)